terça-feira, 26 de maio de 2009

Especial manutenção: cuide de seus pneus



Veja como preservar um dos itens mais importantes para sua segurança




O ano novo começa e o período de férias é ideal para viajar com a família, certo? Mas antes de encher o carro de bagagens, uma ótima idéia é fazer aquela revisão esperta. Nessa hora, mesmo o motorista mais aplicado pode esquecer de um dos itens fundamentais nesse quesito: o conjunto de pneus. Detalhes como a pressão correta e o rodízio dos compostos são fundamentais o ano inteiro, mas com a garotada a bordo, é melhor redobrar a atenção. As principais dicas e recomendações? Vamos a elas!



Pressão correta: chave para o bom comportamento

No manual do veículo você encontra a pressão correta para que seu modelo enfrente as situações do dia-a-dia de modo adequado. Para aqueles que não abrem mão de poupar cada centavo, saiba que o consumo também é influenciado pelo estado do pneu. Sobre isso, Fábio Lopes, gerente de produtos da Pirelli, esclarece: “Quando o pneu está ajustado com a pressão correta, a superfície de contato com o solo é menor, o que exige menos esforço do conjunto motriz”. Mais que economia de combustível, a pressão correta deve ser mantida para garantir a segurança dos usuários. “Com pressão menor que a ideal, o pneu pode superaquecer e, até mesmo, estourar”, garante Flavio Santana, da Michelin.

A aferição da pressão e seu ajuste (se preciso) devem ser realizados semanalmente, com os pneus frios (isto é, depois de rodar de 1 a 3 km, a velocidades médias). Lopes esclarece: “Quando o veículo está em movimento, as moléculas de ar se expandem. Isso provoca um aumento da pressão ‘normal’ em cerca de 5 lb/pol”.

Já que o assunto é viagem, não esqueça de calibrar o estepe. Não tem nada pior que descobrir um estepe murcho quando o pior já aconteceu, concorda? E se você é daqueles que levam até o papagaio para o litoral, lembre-se que, com o carro cheio, a pressão do pneu deve ser aumentada. O manual dos veículos chama isso de plena carga. Atente para isso, então: com meia ou plena carga, a pressão adotada deve ser a indicada no manual da montadora.

Rodízio: polêmica sem fim

Para quem não sabe, a função do rodízio é equilibrar o comportamento dinâmico do veículo, uma vez que os pneus sofrem desgaste desigual por dois motivos, principalmente: a diferença de distribuição de peso entre as rodas (ocasionado pelo tipo de tração) e as irregularidades do piso.

A melhor maneira de realizar o rodízio é bastante discutida por fabricantes, montadoras e especialistas. Por isso mesmo, a montadoras convencionaram recomendar a inversão entre os pneus dianteiros e traseiros, mantendo o lado. Caso o estepe entre no jogo, uma opção é colocá-lo no lugar do traseiro direito. Este método deve ser aplicado para pneus convencionais (de construção radial). Outra opção é o rodízio em cruz (inversão entre pneus dianteiros e traseiros, mudando o lado do eixo), indicado para aqueles de construção diagonal, menos usados atualmente. “O importante é checar os pneus junto com a revisão dos outros itens de segurança dos veículos. Assim, o mecânico pode analisar o estado do conjunto e escolher o método mais indicado”, afirma Flavio Santana.


Vida Útil

A profundidade mínima do sulco dos pneus estabelecida por lei é de 1,6 mm. Com menos que isso, o veículo pode não se comportar da maneira “padrão” em frenagens e curva mais bruscas, principalmente com piso molhado. Antes de chegar a esse ponto, é bom começar a preparar o bolso para trocar os pneus. Os quatro? Sim, afinal, é bastante aceitável que, seguindo os intervalos de rodízio, o motorista consiga manter os pneus com profundidade similares. Caso não seja a situação, é possível trocar um par e colocá-los na traseira. A questão, obviamente, não é desprovida de polêmicas, mas a recomendação geral das montadoras e fabricantes é essa.

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