sábado, 9 de maio de 2009

Confira como anda o novo Fusion 2.5


Veja o carro aí em cima. O reconhece? Não? Prazer, esse é o novo Ford Fusion. Mas espera um pouco, não se trata apenas de uma reestlização de um carro que vende mil unidades por mês? Sim e não. Não podemos dizer que o Fusion trocou de geração, mas também não tem como falar que se trata de apenas alguns retoques visuais. O Fusion mudou. E não foi pouco. Vejamos. Além da inédita (para o Brasil) versão V6, o novo Fusion trocou de motor na opção de entrada. Sai de cena o 2.3 de 162 cavalos e entra em seu lugar o 2.5 de 173 cv a 6.000 rpm e 22,9 kgfm de torque a 4.000 rpm. Por representar o maior volume de vendas vamos focar a avaliação, nesta opção. O teste completo da versão com motor 3.0 V6 de 243 cv você encontra na edição de maio da revista Autoesporte que está nas bancas.

Lanternas traseiras tem acabamento padrão, diferente do modelo "tuning" da versão atualAlém de mais potente, o motor feito com bloco e cabeçote de alumínio, tem agora comandos variáveis tanto na abertura como na exaustão. Já os coletores de admissão contam com dutos variáveis e cada cilindro traz uma bobina de ignição que resulta numa combustão mais precisa e homogênea. Traduzindo para o português claro: você pisa no acelerador e o Fusion responde. O torque máximo ocorre a 6.000 giros, mas bem abaixo disso o 2.5 desperta com vigor. Outra novidade tecnológica que colabora para essa sensação é a transmissão automática de seis marchas. O câmbio anterior tinha cinco. Com a nova transmissão, a primeira marcha foi encurtada, dando gás ao sedã de 1.700 kg sair forte do semáforo. Está longe de exibir refinamento de câmbios de dupla embreagem, como o DSG da
Volkswagen, mas as respostas são rápidas. A sexta funciona como sobremarcha, diminuindo o ruído e o consumo em velocidade de cruzeiro. A 120 km/h o 2.5 trabalha em apenas 2.200 rpm. O carro é limitado eletronicamente a 180 km/h.

Rodas de 17" exibem novo desenho e também estão presentes na versão V6A arquitetura da suspensão não foi alterada. Atrás, por exemplo, segue a clássica Multilink. Mas o Fusion teve novo acerto de geometria. As barras estabilizadoras e os amortecedores são novos. A ideia da Ford era deixar o Fusion com pegada mais esportiva. A troca da direção hidráulica por uma elétrica é consequência desse objetivo. Conseguiu ficar esportivo? Nem tanto. É fato que o motorista sente maior conexão com o piso que no modelo anterior, mas o Fusion segue como um carro que presa mais o conforto que a esportividade.

Quadro de instrumentos tem iluminação em azul, enquanto os bancos ganharam novas abas laterais

Motor 2.5 tem 173 cv e 22,9 kgfm de torqueFalando em conforto o sedã conta agora com um excelente sistema de som desenvolvido pela Sony. São 12 alto-falantes, dois subwoofers e dois amplificadores com potência total de 390W. Os bancos estão com abas laterais mais largas e o plástico que forra as portas e o painel ganharam uma dose extra de borracha. O quadro de instrumentos passa a ser iluminado por uma luz azul esverdeada enquanto os porta-objetos e a parte inferior do painel pode ser iluminados em sete cores. Você é quem escolhe. Você também comanda, por meio do computador de bordo, quanto tempo a luz que está embaixo do retrovisor externo ficará acesa, se o sensor de estacionamento irá ou não apitar e se os faróis ligarão automaticamente quando o sol vai embora.

Porta-copos no console pode ser iluminado em sete coresA Ford aposta muito no desenho para manter as (boas) vendas do modelo que nos EUA impulsionou a Ford ultrapassar a
Toyota em abril. A receita visual é simples. 1) Manter a lateral 2) incrementar o cromado na grade dianteira 3) trocar as lanternas estilo tuning por outras mais, digamos, conservadoras. Veja as fotos das duas gerações e tire suas conclusões sobre a evolução ou não do desenho. Segundo João Marcos Ramos, designer chefe da Ford América do Sul, disse que dada a importância do veículo no Brasil (o país é o segundo mercado do sedã) o estúdio brasileiro deu ideias para o design do carro. Qual ideia? "A 'sombrancelha' da grade sobre o farol foi uma ideia que surgiu dos brasileiros e foi aceita pelos americanos", conta Ramos. O Fusion 2.5 será vendido em versão única de acabamento (SEL) por R$ 84.900 - cerca de R$ 1 mil a mais que o preço de tabela da anterior. O teto solar elétrico é o único opcional, e a Ford cobre R$ 4 mil pelo item. Se em acabamento a opção é restrita, na de cor há agora 7 escolhas a serem feitas que vão do azul ao vinho, passando, é claro, pelo preto e prata.

Fonte: Autoesporte 05/2009

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