sábado, 20 de junho de 2009

Mercedes Classe E: o carro anti-acidente


Nova geração do modelo mais importante da marca chega por R$ 269 900

A estrada está escura e a garoa não cessa. Você está a bordo da nova geração do Mercedes-Benz Classe E. Quando um carro vem em outra direção, o sedã diminui a intensidade dos faróis automaticamente. Na hora em que o outro veículo passa, as luzes voltam a iluminar com capacidade máxima acompanhando sempre as curvas. Se for preciso frear inesperadamente, não há com o que se preocupar: o sensor de chuva que aciona os limpadores mede a intensidade da água que cai e deixa as pastilhas de freio na proximidade exata dos discos para mantê-los secos e eficientes. Sem falar no sistema ABS (antitravamento), capaz de detectar a rapidez do acionamento do pedal e intensificar em até 40% a força da frenagem quando detecta emergências, e nos controles de tração e estabilidade. Por tudo isso, dirigir a nova geração do sedã alemão mais tradicional do mundo, mais que uma experiência de prazer sobre rodas, traz uma agradável sensação de segurança mesmo que um motorista mais atirado esteja ao volante. É quase impossível se envolver em um acidente sério a bordo do novo E.


Chegando ao Brasil a partir de R$ 269 900 na versão E 350 Avantgarde, que traz motor 3.5 V6 de 272 cv de potência a 6 000 rpm e 35,7 kgfm de torque a 2 400 rpm (ainda há a versão E 350 Avantgarde Executive, mais luxuosa, por R$ 299 900, e a E 500, com motor V8 de 388 cv por R$ 375 000), o novo Classe E chama atenção também por um aspecto que teoricamente deveria passar despercebido: seu design. Concebido para clientes conservadores e exigentes, o renovado Mercedes despertou polêmica ao abandonar os dois faróis redondos pelos atuais de formatos retos e adotar uma traseira com lanternas que avançam mais sobre os para-lamas. Como a concepção de beleza é totalmente subjetiva, o Carro Online pode se ater apenas a um fato comprovado: o carro é bem mais bonito pessoalmente que nas fotos. Disso não há como discordar. Se a traseira traz um pouco da nova escola de design dos modelos coreanos ou a frente perdeu a identidade, é uma questão de opinião. “O Classe E é um novo fornecedor de design da marca”, exalta Roberto Gasparetti, supervisor de marketing da montadora. Traduzindo: goste-se ou não, essa é a nova tendência do departamento de design de Stuttgart. Aprovado?

Do Rio a São Paulo na Classe Executiva

Como as companhias aéreas, a Mercedes divide seus sedãs em três Classes: C (“Econômica”), E (“Executiva”) e S (“Primeira”). No evento de apresentação do modelo, fizemos um “voo” na divisão intermediária de Angra dos Reis, RJ, à capital paulista num percurso de 380 km de serras e auto-estradas. Depois de provar a eficiência do chamado Intelligent Ligth System no test-drive noturno, era a hora de ver como o motor V6 e o câmbio de 7 marchas 7G-Tronic se comportariam com três adultos a bordo.

Se o E não tem fôlego de esportivo – e essa nem de longe é a proposta do carro –, oferece o que se espera de um bom motor 6 cilindros com ultrapassagens seguras, câmbio eficiente (o motorista pode relaxar na opção D ou trocar as marchas por meio de borboletas no volante) e suspensão com ótimo acerto para curvas mais rápidas ou fortes ondulações, como as encontradas durante o trajeto na BR-101. De acordo com a Mercedes, o E 350 acelera de 0 a 100 km/h em 6s9 e é barrado a 250 km/h. A velocidade, como em todos os modelos alemães além dos Porsche e de esportivos como Audi R8 e Mercedes-Benz SLR McLaren, é limitada eletronicamente quando atinge esse patamar.

No interior, além do impecável padrão de acabamento Mercedes, chama atenção o sistema de entretenimento muito similar ao iDrive utilizado nos modelos da BMW. E, como no rival, infelizmente ele é pouco intuitivo. A contrapartida fica por conta do Attention Assist, outro dispositivo projetado para evitar acidentes. De 20 em 20 minutos, ele analisa padrões de comportamento do motorista por meio da análise da intensidade dos movimentos no volante, acelerador, freio etc. para avaliar se o condutor está cansado demais e corre o risco de “pescar” em pleno volante e cair no sono. Caso essa possibilidade exista, uma pequena xícara de café acenda no painel sugerindo uma parada estratégica para lavar o rosto e fazer uma boquinha.

Na versão avaliada (E 350 Avantgarde Executive), chamam atenção também os itens que a fazem custar R$ 30 000 a mais que a Avantgarde: sistema de partida sem chave, fechamento automático do porta-malas, persianas do vidro traseiro elétricas e laterais manuais, som Harman-Kardon (excelente), sintonizador de TV e câmera para auxílio em manobras. Falando em estacionar, o novo Classe E torna fácil a tarefa de encaixar seus 4,86 m numa vaga. Graças ao sistema Parktronic, o Mercedes é capaz de medir o espaço e avisar ao motorista se o sedã cabe ali. Na hora em que a letra “P” é acionada no painel, o dispositivo orienta as manobras no display até que o carro pare com as rodas rentes à calçada com toda tranquilidade. Coisa de “carro de doutor”.

Mais três Mercedes em 2009

Durante a apresentação do Classe E, a marca já revelou quando chegam seus próximos lançamentos. Em agosto estreia o Classe E Coupé 350, também equipado com motor V6 de 272 cv – na Europa, o preço em relação ao sedã é similar, e aqui deve ocorrer o mesmo. No mês seguinte será a vez do novo Classe S, que recebeu um pequeno facelift.

Em outubro vem o E 63 AMG, “chefe” da linha intermediária. Equipado com motor 6.3 V8 de 525 cv de potência e 64,2 kgfm de torque, o novo AMG é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 4s5 e atingir 250 km/h (também limitados eletronicamente em um carro que certamente passaria dos 300 km/h). E tudo com a segurança de poder andar na garoa e de noite com a maior tranquilidade do mundo.

Fonte: Site Carro Online - carroonline.terra.com.br



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